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Em julho, inadimplência com cheques cai para o menor nível para o mês desde 2004

Em julho, inadimplência com cheques cai para o menor nível para o mês desde 2004

Segundo os técnicos da Serasa, o consumidor tem preferido outras formas de pagamento que possibilitem parcelamentos mais longos.

Autor: Camila F. de MendonçaFonte: InfoMoney

Com mais renda e crédito disponível na praça, os brasileiros estão usando cada vez menos cheques e, por isso, a inadimplência com essa forma de pagamento tem registrado quedas seguidas, atingindo em julho o menor percentual para o mês desde 2004. 

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Cheques  Sem Fundo, divulgado nesta quarta-feira (18), a inadimplência com essa modalidade ficou em 1,74% no sétimo mês do ano. Isso significa que, de um total de 92 milhões de cheques compensados, apenas 1,602 milhão foram devolvidos.

No acumulado do ano, frente ao mesmo período de 2009, houve queda de 9,8% no número de cheques compensados, para 625,575 milhões. Contudo, o número de cheques devolvidos por falta de fundos recuou ainda mais no período (-26,9%), para 12,105 milhões. Assim, no período, a inadimplência com essa modalidade ficou em 1,86%.

“Esses números demonstram que há melhora na qualidade do cheque, com a inadimplência regredindo muito mais que a queda em sua utilização”, explicaram os técnicos da Serasa.

Preferência por outras modalidades
Segundo os técnicos da Serasa, o consumidor tem preferido outras formas de pagamento que possibilitem parcelamentos mais longos. “Com o endividamento em alta, crescendo acima da massa salarial, o consumidor procura alternativas que lhe proporcionem flexibilidade na amortização de suas dívidas”, dizem os economistas da instituição.

Por isso, embora a inadimplência dos consumidores de maneira geral esteja em ritmo crescente, a taxa de inadimplência com cheques está em queda, refletindo assim a mudança de preferência de financiamento do consumidor.

Para os analistas, a perspectiva é de que a inadimplência com cheques continue em queda. Eles esperam, porém, algumas pressões de elevação, devido às compras para o Dia das Crianças e para as festas de fim de ano, quando o consumidor procura diversas formas de pagamento.