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Educação financeira: por que sua empresa deve investir nisso?

Educação financeira: por que sua empresa deve investir nisso?

Ao oferecer educação financeira, você estará dando aos seus funcionários habilidades úteis que podem ser aplicadas além da organização.

Se seus funcionários não entenderem como administrar seu próprio dinheiro, como eles saberão o que realmente está em jogo quando se trata da empresa em que trabalham? É por isso que tantas empresas já investem em educação financeira.

Ao ensiná-los a manter suas finanças em ordem, eles estarão em sintonia para ajudar a aumentar a lucratividade da empresa em que trabalham.

É possível perceber que isso é um problema real quando ouvimos perguntas como “posso receber meu contracheque diretamente no cartão de crédito dos meus pais?”. Oi?

Quão financeiramente capazes são seus funcionários? Se eles fizerem perguntas como essas, a resposta é “não muito”.

E isso não é necessariamente culpa deles. As escolas e faculdades brasileiras não tem em seu currículo obrigatório a educação financeira. Esta não é uma exigência para a graduação, por exemplo.

Se você tiver sorte, seus pais lhe deram uma ideia sobre como administrar com sucesso seu dinheiro antes de você entrar no mundo da dívida pessoal.

Se você administra um negócio de sucesso, geralmente tem uma boa ideia de como administrar o dinheiro dentro da sua empresa e da sua casa.

Mas por que é importante para você que seus funcionários façam o mesmo?

Se seus funcionários não souberem administrar o dinheiro que eles ganham, isso será um obstáculo para os lucros da própria empresa.

Ao oferecer educação financeira, você estará dando aos seus funcionários habilidades úteis que podem ser aplicadas além da organização.

Ao ajudar seus funcionários a aprender sobre o gerenciamento de suas finanças pessoais (isso inclui conceitos como planejamento de aposentadoria e orçamento), eles podem colocar em prática um grande plano financeiro e reduzir o estresse causado pelo dinheiro.

Ao dar aos seus funcionários ferramentas que poucos têm, eles agora podem ensinar aos seus cônjuges, filhos e amigos conhecimento financeiro.

Além disso, você está ajudando a sociedade e seu país educando as pessoas em um conjunto de habilidades extremamente necessárias, mas pouco ensinadas.

A produtividade de seus funcionários aumenta no trabalho, em parte por causa dos itens acima, e em parte porque eles entendem melhor como a empresa funciona e como eles podem afetar a mudança.

Vale lembrar que colaboradores que não entendem como a dinâmica financeira funciona são mais propensos a cometer erros, por isso, a educação financeira também pode ser vista como uma forma de evitar problemas futuros.

Ensinando educação financeira ao seu time

Quando você ensina aos seus colaboradores educação financeira, é fundamental começar com seus objetivos.

Como gerente, é importante saber por que você quer que sua equipe entenda sobre dinheiro. Você quer que eles tenham um melhor controle de suas despesas pessoais? Você quer que eles sejam melhores gestores dos recursos da empresa? Você quer que eles se concentrem em vender uma variedade melhor de produtos e serviços? Todos esses objetivos são válidos e, francamente, todos eles serão subprodutos de uma boa educação financeira.

O segundo passo é avaliar o conhecimento atual dos seus funcionários. Mesmo que alguns estejam bem conscientes das finanças da empresa, isso pode não ser verdade em suas finanças pessoais.

O inverso também pode acontecer — eles podem conhecer bem suas próprias finanças, mas não sabem necessariamente como a empresa ganha dinheiro.

Depois de saber o que eles sabem e o que não sabem, você pode começar a pensar no formato de educação financeira que você oferecerá aos seus colaboradores.

Para te ajudar a identificar os pontos que precisam ser abordados, preparamos uma lista de assuntos essenciais para o seu curso de educação financeira.

Seu plano de aula deve incluir esses itens, mas fique à vontade para adicionar e personalizar como achar melhor:

  • Comece explicando a importância de gerir bem o próprio dinheiro e como as dívidas podem ameaçar a estabilidade financeira;
  • Fale sobre assuntos como empréstimos, juros e taxas bancárias;
  • Explique por que eles precisam pagar suas dívidas de cartão de crédito e começar a guardar uma parte do salário em um fundo para emergências;
  • Explique o que é a poupança, as aplicações e as previdências privadas, além dos benefícios do investimento de longo prazo;
  • Por último, explique o valor do dinheiro no tempo, para que eles entendam ainda melhor os juros e aplicações.

Como um bônus você pode explicar o funcionamento da bolsa de valores e as preocupações necessárias para o planejamento de viagens internacionais.

Você pode obter mais detalhes de tópicos que devem ser abordados à medida que discute diferentes tipos de dívida e diferentes maneiras de investir. Certamente, o próprio contato com a sua equipe te dará insights do que deve ser abordado.

Se o treinamento for bem dado, sua equipe ficará entusiasmada em aprender formas de administrar suas finanças pessoais de maneira ainda mais sensata.

Uma vez que as finanças pessoais estão em ordem, você pode discutir como sua empresa ganha dinheiro, como você gasta dinheiro e como cada funcionário pode ajudar a aumentar o resultado.

E já que o assunto é dinheiro, por que não incentivar o batimento de metas com bonificações financeiras? Essa é uma boa hora para divulgar um programa de bonificações.

Sua equipe ficará entusiasmada em ganhar um bônus e já utilizá-lo para pagar dívidas ou investir em uma viagem, por exemplo.

Para finalizar, uma última reflexão. Alguns perguntam: “e se meus funcionários forem tão financeiramente empoderados que não precisam mais do salário e desistem do emprego?"

Embora esse talvez seja um resultado da educação financeira, acho que todos nós devemos ter a sorte de ter colaboradores espertos, empoderados e bem-sucedidos. Se eles são assim em suas vidas pessoais, é provável que terão ótimas ideias para sua empresa também.

Além disso, você não quer ter uma equipe que trabalhe com você apenas porque precisa de um salário; você quer um colaborador motivado e engajado com o propósito da empresa.