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Ministro do Trabalho quer abatimento total do pagamento do INSS de doméstico no IR

Ministro do Trabalho quer abatimento total do pagamento do INSS de doméstico no IR

Medida prevê permitir um desconto na declaração do mesmo valor do salário da empregada

Autor: Mariana LondresFonte: R7

Os domésticos e seus empregadores devem ganhar mais um benefício para melhorar as condições de trabalho da categoria. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, diz que vai pedir uma mudança no modo como é feito o abatimento da contribuição ao INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social).

Hoje, os empregadores podem tirar da declaração do IR o equivalente a 12% pagos ao INSS à funcionária, limitado a um salário mínimo. O ministro afirma que vai pedir à Dilma Rousseff que aprove o fim desse limite, isto é, que o desconto possa ser do mesmo valor do salário da empregada.

- Sou favorável ao aumento de salários dos funcionários, portanto vou levar essa proposta. A regra de hoje, no meu entender, cria um limitador do aumento do salário, isso seria um motivador para o aumento do salário.

A medida faz parte da nova regulamentação trabalhista das empregadas domésticas, que hoje têm regras diferentes das de outros trabalhadores. O objetivo do governo é equiparar as regras trabalhistas.

Além desta medida, Carlos Lupi irá propor a redução do INSS das empregadas, dos atuais 20% (12% pagos pelo empregador e 8% pela funcionária) para 14% (7% pagos pelo empregador e 7% pela funcionária).

Já o pagamento do FGTS, hoje em 8% e não facultativo para as domésticas, não sofrerá alteração na alíquota e será obrigatório para as empregadas domésticas.

A proposta do ministério do Trabalho não prevê regras para o pagamento de horas-extras.

- O pagamento de horas-extras vai ficar por livre negociação. A maior dificuldade é para diaristas, que terão que negociar com os vários empregadores.
Lupi diz que vai apresentar a sua proposta em reunião na tarde desta quarta-feira (14) no Palácio do Planalto. Depois, a proposta precisa de parecer técnico dos ministérios da Fazenda e da Previdência, e, se for viável, seguirá novamente para a Presidência.