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Novo sistema reduz custos de emissão de notas fiscais

Novo sistema reduz custos de emissão de notas fiscais

Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica acaba com obrigatoriedade do uso de equipamentos homologados pela Receita Federal

A partir de novembro de 2014, vários estabelecimentos brasileiros terão de começar a se adequar aos padrões da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), novo sistema de emissão de documentos fiscais que acaba com a obrigatoriedade de impressão da nota física e dispensa a empresa do uso do Emissor de Cupom Fiscal (ECF), equipamento caro e que precisa ser homologado pela Receita Federal.

Com isso, o novo sistema promete reduzir sensivelmente os custos de emissão de notas fiscais. 

“Quem aderir ao novo padrão deve ter uma economia de até 60% em relação ao padrão anterior”, diz Alexandre Lopes, sócio fundador da TagPlus, sistema de gestão comercial e emissão de nota fiscal eletrônica para micro e pequenas empresas.

No sistema anterior, chamado apenas de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), o comerciante precisava adquirir um ECF – equipamento caro que podia ser comprado ou alugado – para emitir o cupom. Como os softwares de gestão do sistema deviam ser homologados pela Receita Federal, tinham custos de manutenção que variavam de R$ 100 até R$ 400.

Com a NCF-e, os custos com equipamento caem bastante, pois a empresa vai precisar apenas de um computador com conexão à internet para emitir suas notas fiscais. “Os comerciantes não precisam mais emitir a nota física, pois ela pode ser enviada para o e-mail do comprador na hora. Mas, se for imprimir, basta uma impressora simples para fazê-lo”, afirma Araquen Pagotto, presidente da Associação Brasileira de Automação Comercial (Afrac).

Além disso, Lopes destaca que a “NFC-e é um padrão mais aberto e nacional, o que deve diminuir os custos de desenvolvimento de softwares e, consequentemente, também vai representar uma economia para os empresários”.

Outra vantagem apontada por Pagotto é a mobilidade que o sistema dará aos comerciantes. “Com o novo padrão, cada vendedor também será um caixa, bastando ter, por exemplo, um tablet para emitir a nota, o que dará muito mais agilidade ao negócio”.

Implantação gradual
A implantação do novo sistema será gradual, de acordo com o faturamento das empresas, e vai se estender até julho de 2016, prazo final para a adoção da NFC-e em todo o território nacional. Os primeiros negócios que terão que aderir ao novo sistema são aqueles que faturam acima de R$ 10 milhões e a obrigatoriedade será paulatinamente estendida aos demais. A empresa que quiser se adequar ao novo padrão deve se credenciar junto à Secretaria Estadual da Fazenda, adquirir um certificado digital e comprar ou desenvolver um software de emissão de notas.Apesar de o prazo final para implantação valer para todo o país, cada estado tem liberdade para adotar o sistema de acordo com um calendário próprio. Assim, Lopes diz que “o Mato Grosso está entrando forte na obrigatoriedade, enquanto estados como São Paulo e Minas Gerais ainda adotarão o sistema antigo por algum tempo”. Já Pagotto lembra que o “o Amazonas está obrigando todo mundo a adotar a NFC-e”. Até por isso, o ideal é consultar a Secretaria Estadual da Fazenda antes de adotar os novos parâmetros.