Você conhece a história da plataforma Spotify que de certa forma conseguiu mudar totalmente a indústria da música?
Se você está pesquisando sobre toda a gigantesca história da plataforma de música Spotify, você está no lugar certo.
Nós relacionamos uma explicação do site Tecmundo, para você entender melhor.
Neste conteúdo você poderá entender a trajetória desta ótima ideia e projeto.
Poderá aprender lições e extrair muita informação de qualidade capaz de inspirar você em seu projeto e na sua história.
E quem sabe algum dia estaremos aqui contando a sua história?
Conheça a história dessa plataforma mundialmente conhecida da música: A Nimo TV
Nós, do escritório Francel Menezes contabilidade, prestamos assessoria tributária e empresarial para empreendedores digitais, que consideramos como aqueles que não só trabalham pela internet, mas aqueles que criam e desenvolvem projetos e ideias digitais.
Adoramos conhecer projetos, ideias e pesquisamos muito sobre essas histórias de sucesso, por isso tivemos a intenção de criar este artigo, como forma de inspiração para todos.
Introdução
O Spotify foi fundado em Rågsved, subúrbio da capital sueca Estocolmo, pelos empresários Daniel Ek e Martin Lorentzon.
O ano era 2006, e nesse período a internet de alta velocidade estava começando em várias partes do mundo, além de ser dominada pela música. Mas só era baixada ilegalmente, em plataformas nada confiáveis ou custando caro demais.
O Napster, que surgiu em 1999 e com certeza vai aparecer em mais histórias por aqui, estava morto desde 2002, mas abriu a porteira para a um monte de serviços ilegais de compartilhamento de música.
O torrent, especialmente na forma do Pirate Bay, estava cada vez mais popular. E o iTunes já tinha 5 anos de vida, mas era limitado em uso e caro para quem queria uma coleção de respeito, já que cobra as compras avulsas.
Quase sem querer
O Daniel trabalhava na desenvolvedora de games Stardoll, e o Martin com marketing digital. A dupla se conheceu 1 ano antes e se reunia no apartamento do Daniel para bolar um negócio.
Ele tinha um Home Theater PC, uma espécie de centro de mídias; e, de tanto usarem a máquina, eles tiveram a ideia de lançar um serviço de música.
O nome tem uma história curiosa.
A dupla estava em quartos separados gritando ideias para batizar a empresa, e o Daniel entendeu errado que o colega sugeriu Spotify.
Ele adorou e viu que não havia nada parecido.
Meio que com vergonha do processo informal, eles agora alegam que a palavra mistura Spot com Identify.
E ele já começou com um financiamento de 21 milhões de dólares de vários fundos e negociações com gravadoras de peso.
Várias delas só toparam porque a própria indústria não estava bem das pernas por causa da pirataria, e um experimento pago poderia ser uma salvação.
No começo, você só podia acessar a versão gratuita por convites, mas a assinatura estava liberada.
A ideia era controlar cadastros não por sobrecarga, mas para criar um clima de antecipação, de modo que as pessoas ansiosas pedissem para os amigos.
O Reino Unido foi a primeira região com cadastro gratuito liberado, em 2009, quando surgiu a versão mobile no iOS.
Um empurrãozinho
Em agosto desse ano, ninguém menos que Mark Zuckerberg elogiou o ainda desconhecido serviço com uma mensagem no Facebook.
Até rolaram rumores de uma compra que não aconteceu, mas a recomendação de uma pessoa tão influente foi um grande impulso.
Em 2010, o Spotify alcançou a marca de 10 milhões de músicas no banco de dados.
O número não só é impressionante, como também indica que o serviço estava chegando perto do grande rival da épioca, o iTunes.
O funcionamento é diferente, mas os dois ainda brigariam bastante.
Nesse período, o Spotify expandiu para França, Finlândia, Países Baixos, Noruega, Espanha e só.
Apenas em 2011 eles foram para os Estados Unidos, primeiro país fora da Europa.
Nesse ano, foi criada a integração com o Facebook, para que você mostrasse o que estava ouvindo, e o recurso bombou.
E o quadro de diretores ganhou um reforço de peso: Sean Parker, aquele do Napster e do Facebook, interpretado por Justin Timberlake no filme “A Rede Social”.
Ele integrou a companhia em 2010 e foi essencial para a internacionalização do serviço, especialmente nos Estados Unidos, e os acordos com gravadoras.
Tudo isso é um tanto irônico, considerando o passado de contribuições com pirataria.
Ele só deixou o cargo em 2017.
Mudando uma indústria
Aos poucos, o mundo percebeu a importância desse tipo de serviço para a indústria.
Para você ter uma ideia, em 2 anos, segundo estudos locais, a pirataria de músicas na Suécia caiu 25%.
Em 2012, vieram as aguardadas versões para navegador e Android.
A primeira permitia que você consumisse o conteúdo de qualquer lugar, sem precisar baixar o programa.
A outra ajudou a popularizar o Spotify em mais aparelhos.
E nesse ano, a versão grátis ganhou uma limitação que desagradou.
Os usuários que não pagavam só tinham direito a 10 horas de transmissão por mês e repetição máxima de cinco vezes de uma música.
Isso durou até 2014, quando a versão gratuita só passou a exibir anúncios, que é como a gente a conhece até hoje.
Falando em gratuito, em 2013 o app para tablets e smartphones finalmente recebeu uma versão completa.
Antes, não assinantes só tinham a função Spotify Radio, que não contava com páginas de álbuns e artistas.
E só em 2013 a empresa encerrou a função de você comprar e baixar músicas avulsas; a alternativa que existe até hoje é fazer download das músicas em um formato interno e as executar offline dentro do app.
E a escolha foi bem-feita, pois essa acabou se tornando a tendência.
Uma boa e uma má notícia
No fim de maio de 2014, o Spotify chegava oficialmente ao Brasil, depois de 1 mês de acessos só por convite.
O preço mensal era de 5,99 dólares, e o foco foi a briga contra a pirataria, que é uma guerra bem frequente aqui no país.
Mas o ano também teria uma má notícia.
A cantora Taylor Swift anunciou que tiraria todas as músicas do catálogo do Spotify, em protesto pelo baixo pagamento repassado à cantora, e porque vários fatores, incluindo o streaming, estavam impactando a venda de CDs.
O Spotify pediu que ela reconsiderasse, mas não deu certo: a artista migrou para o rival Tidal. Em 2017, ela voltou ao serviço com um novo álbum e, depois, até lançou um clipe exclusivo para selar o retorno.
O cantor Prince também chegou a tirar os álbuns do catálogo, e eles só voltaram após sua morte e por decisão da gravadora.
Porém, toda essa polêmica não impactou tanto o serviço: ele chegou a 10 milhões de assinantes em 2014, um número ainda mais incrível quando vemos que se trata do dobro em relação a 2012.
Afinal, é justo?
Só que isso levou a todo um debate que dura até hoje sobre se a divisão de direitos é justa ou não.
Para começar, o modelo do Spotify é completamente legalizado, ao contrário de serviços parecidos que morreram com o tempo, como o Grooveshark.
De 2006 a 2018, a empresa já repassou 9,760 bilhões de dólares em royalties para artistas e gravadoras.
Esse é de longe o maior gasto da empresa e algo que volta e meia deixa as contas dela no vermelho.
Cerca de 70% da renda total vão para os músicos ou empresários, e a divisão dessa fatia depende dos acordos feitos pelos artistas.
E o pagamento é de acordo com a quantidade de vezes que a música é reproduzida, o que gerou críticas de músicos independentes e de menor expressão.
Em maio de 2018, a última ação coletiva sobre licenciamento de músicas no Spotify foi encerrada; a empresa teve que pagar 112 milhões de dólares a um grupo.
Quebrando barreiras
E em 2015, um recorde! “Thinking out loud”, de Ed Sheeran, foi a primeira música a atingir 500 milhões de transmissões.
Com o tempo, essa marca ficou fácil de ser batida.
A partir de 2016, o Spotify também coloca o pé no terreno dos vídeos.
O conteúdo é variado, de programas a clipes e documentários.
O primeiro que saiu sobre (e na) América Latina foi “La Familia, With Marc Anthony & his Father Felipe Muñiz”.
Em 2015, ele começou também a adicionar podcasts — o que foi ampliado em janeiro de 2018, com o Spotlight, uma adição audiovisual que inclui conteúdos extras como fotos e vídeos enquanto você escuta o áudio.
A gente ainda precisa tirar um tempinho para falar do Mighty, um produto não oficial que foi financiado coletivamente e, hoje, pode ser adquirido online.
Ele é como um iPod que usa a sua conta do Spotify, e muita gente ficou com o dedo coçando para comprar.
Hoje, o Spotify também é bem reconhecido por seu algoritmo, que tenta prever o que você mais vai gostar de ouvir.
Ele faz isso pela lista Descobertas da Semana, que existe desde 2015 e é atualizada toda segunda-feira com base no seu histórico, trazendo novas sugestões.
E existem ainda as Daily Mixes, desde setembro de 2016, que são playlists diárias surreais de tão precisas, feitas com base exatamente no seu gosto musical.
Nas paradas de sucesso
E o Spotify também encheu o carrinho ao longo dos anos.
Comprou a empresa de curadoria de música The Echo Nest em 2014, e em 2017 foram quatro grandes aquisições: o app de recomendação de conteúdo MighTyTV, a startup Sonalytic para personalização de playlists em 2017, a empresa de blockchain Mediachain, a startup de inteligência artificial Niland e o estúdio online SoundTrap. A mais recente foi a plataforma Loudr, em 2018.
E 2018 já começou com tudo, com a tão esperada venda de ações da empresa na bolsa de Nova York.
Só que a companhia optou por uma forma diferente de negociação: a listagem direta, que não usa um banco como intermediário como na IPO.
Deu muito certo, foi recorde na categoria, e a marca passou a valer 30 bilhões de dólares. Atualmente, tudo aponta para o lançamento do primeiro hardware da empresa, que pode ser um alto-falante ou um controlador do Spotify otimizado para automóveis.
Os números do Spotify são bem impressionantes.
75 milhões de assinantes, 170 milhões de usuários ativos incluindo pagos e gratuitos, mais de 35 milhões de músicas, 2 bilhões de playlists criadas e já está disponível em 65 mercados.
E ele tem versões pra computadores, dispositivos móveis e até consoles.
Até agora, 11 músicas superaram a barreira de 1 bilhão de reproduções.
A líder da lista é “Shape of You”, de Ed Sheeran. Já Camila Cabello é a cantora com o single mais executado — a música “Havana”. E “Beerbongs & bentleys”, de Post Malone, é o álbum com mais transmissões no dia de estreia em todo o mundo: foram 47,9 milhões de execuções.
Em termos de Brasil, Anitta foi a primeira brasileira no top 20 de streamings globais, no finzinho de 2017, com “Vai Malandra”. A música também foi recordista por aqui ao atingir 1 milhão de transmissões em um só dia.
E você duvida que Spotify e seus rivais mudaram o mercado? Em 2015, vendas digitais de música superaram a mídia física pela primeira vez, em um caminho que dificilmente tem volta.
Essa é a história do Spotify, um serviço ainda novinho, mas que já ajudou a mudar a história da música, da internet e da tecnologia.
E dessa forma finalizamos o nosso artigo.
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